Revista Toxicodependências

RESUMO
Prevenção primária é uma abordagem recente da Saúde Mental (anos 60). Da abordagem marcadamente médica, até à perspectiva humanista percorreu-se um caminho recheado de tentativas e erros.
Foi determinante a mudança do enfoque da doença para a saúde (e a sua promoção) para permitir a valorização dos factores psicológicos, sociais e cultu-rais implicados nos riscos e naquilo que permite preservar a saúde mental.
A discussão sobre a adequação ou a desadequação de uma prática remete-nos sempre para o contexto sociocultural em que o comportamento tem lugar. A compreensão do espaço relacional no qual ocorre a patologia terá uma relevância fundamental na análise do fenómeno sobre o qual se pretende intervir. A transformação ocorrerá em função dessa realidade, no seu ritmo próprio e com base no desejo de mudança. Não é possível avançar-se para uma intervenção preventiva sem uma noção dos contextos.
Palavras-chave: Prevenção primária; Modelos conceptuais; Metodologia.

RÉSUMÉ
La prévention primaire est devenu un approche récente en Santé Mentale (les annés 60). Un long chemin parsemé d'essaies et erreurs, a été fait entre la perspective medicale et la perspective humaniste.
Le changement de focalisation de la maladie en termes de promotion de la santé a été determinante, en ordre à mettre en valeur des facteurs psychologiques, sociaux et culturels impliqués dans les risques et dans tout ques sont à pré-server la santé mentale.
La discussion sur le caractère adaptatif ou non adaptatif d'un praxis renvoie toujours vers le contexte socio culturel d'un comportement. La compréhension de l'espace relationnel dans lequel se verifie la pathologie, aura un relief fondamental pour l'analyse du phénomène, objet d'intervention. La transformation aurá un rapport avec la réalité, dans son rythme et désir de changement. La notion des contextes devra être present en toute demarche préventive.
Mots-clé: Prévention primaire; Modèles concéptuels; Methodologie.

ABSTRACT
Primary prevention is a recent approach of Mental Health (60's). From the medical approach until the humanistic perspective lots of attempts and mistakes were made.
The change of illness focus to the health (and its promotion) was decisive in order to allow the value of psychological, social and cultural factors engaged on risks and on everything that allows to preserve mental health.
The discussion on the adequation or not of some king of practice leeds us always to the sociocultural context where the behaviour occurs. The understanding of the relational space where the pathology occurs will be basic for the analysis of the phenomenon on which we want to intervene. The transformation will occur according to that reality, in its own rythme and based on the desire of change. It is not possible to progress into a preventive intervention without having a notion on the contexts.
KeyWords: Primary prevention; Conceptual models; Methodologies.