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 Redução de Riscos e Minimização de Danos

 

 

ENQUADRAMENTO
A abordagem da Redução de Riscos e Minimização de Danos (RRMD) foi inicialmente concebida para intervir junto de consumidores inacessíveis, para os quais o serviço de tratamento tradicional não estava disponível ou que, estando disponível, não estava acessível ou não era motivo de intenções. Pretendia-se chegar aos consumidores que não queriam ou não conseguiam deixar de consumir, fornecendo-lhes informações de redução de riscos e danos.
 
Desenhando um quadro genérico, dir-se-ia que tradicionalmente, a população alvo desta abordagem tem consistido nos consumidores de heroína e cocaína de longa data, particularmente marginalizados, fragilizados a nível social e da saúde, que não pretendem ou não conseguem abandonar o consumo e que não contactam os serviços da rede de apoio, nomeadamente serviços de tratamento da dependência. Ao longo dos últimos anos, em Portugal tem-se verificado que, através de respostas de proximidade (como por exemplo, as Equipas de Rua) que atuam nos contextos onde os consumidores de substâncias psicoativas se encontram, tem sido possível estabelecer contacto e intervir junto de pessoas que não procuravam serviços de saúde, concorrendo para uma maior procura de serviços, nomeadamente de tratamento.
 
No entanto, conjuntamente com as respostas a esta população há que considerar um outro fenómeno: “desde há alguns anos a esta parte, tem-se observado uma transformação na dinâmica das atividades noturnas, nomeadamente no que diz respeito ao consumo de substâncias, sendo este mais alargado do que o clássico consumo de álcool e tabaco.
 

A expansão desta dinâmica de consumos, bem como a da própria diversidade de substâncias disponíveis, com uma população em muitos aspetos distinta da que classicamente havia sido alvo da intervenção em RRMD, mas simultaneamente de difícil acesso, fomentou a necessidade de identificar necessidades e de definir e implementar estratégias específicas.  

A extensão dos designados “consumos em contextos recreativos”, caracterizados por uma representação social positiva deste tipo de comportamento, aliada a uma baixa perceção do risco dos mesmos e uma grande diversidade e oferta de substâncias, traduzem-se na pertinência de atuação nesta realidade segundo uma abordagem de RRMD.

Assim, tornou-se igualmente necessária uma intervenção específica ao nível desta população, procurando-se investir numa abordagem de proximidade, utilizando como atores privilegiados profissionais com formação adequada ao nível deste tipo de intervenção e ao nível dos efeitos secundários das substâncias psicoativas em geral, com particular incidência nas mais utilizadas em contextos recreativos (álcool, cannabis, cocaína e Novas Substancias Psicoativas ou outras).

Assim, as intervenções em RRMD aplicam-se e são necessárias para uma população heterogénea, seja em termos de faixas etárias, estilos e histórias de vida, contextos que oferecem o enquadramento para o consumo e diferentes substâncias consumidas, nomeadamente o contexto recreativo, bem como em termos de diferentes substâncias psicoativas e de formas de consumo.

In: Guia de Apoio para a Intervenção em Redução de Riscos e Minimização de Danos (2009) e do Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências 2013-2020

 

 



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