Ignorar Comandos do Friso
Saltar para o conteúdo principal

Pais e Educadores

:

default

Pais e Educadores
  • A-
  • A
  • A+
 
As drogas são um dos temas que Pais e Educadores sentem como sendo difíceis de serem explicados e falados...
Mas, apesar deste sentimento, falar de drogas poderá não ser difícil....
ADOLESCÊNCIA
  • As questões da Adolescência
    fotografia com grupo de jovens

    O grupo de amigos … As más companhias … O meu quarto … O meu reino ...

    Na adolescência tudo muda rapidamente. Esta é uma fase do crescimento repleta de descobertas, mas por vezes algo confusa, com dúvidas e ansiedades. Sentimentos, emoções, atitudes e valores andam num turbilhão. Mudam as relações com a família e com os colegas, procura-se uma maior autonomia e aumentam as responsabilidades.

    Paralelamente a todas as mudanças físicas que decorrem do crescimento, os adolescentes passam por alterações emocionais por vezes difíceis de gerir em ambiente familiar.Emergem novas atitudes face à escola, aos novos grupos de amigos, à sexualidade, ao modo como experienciam o próprio corpo. Contestam-se valores até aí instituídos que podem gerar desentendimento entre pais e filhos.

    Os filhos, face aos seus conflitos interiores ou com os pais, passam por períodos de grande angústia e por vezes de alguma agressividade. Por seu lado, os pais poderão sentir-se confusos perante a mudança do seu papel na relação com os filhos, que parecem preferir os amigos à companhia da família. Mais do que nunca é importante o apoio e a compreensão dos pais para ultrapassar esta crise.

  • ​O grupo de amigos....

    A maior parte dos adolescentes procura o apoio no grupo de amigos porque este lhe dá segurança. Fazer parte de um grupo cujos elementos se assemelham pelos comportamentos, roupas ou atitudes facilita uma estabilidade e um sentimento de pertença, o que se torna essencial durante estes anos de mudança permanente. No grupo de amigos o adolescente sente-se compreendido. É aqui que pode conversar sobre a sua música, os seus jogos, o que gosta de usar, as suas dificuldades na escola, com os pais e nas relações que estabelece.

    Esta identificação com um grupo de amigos dá ao adolescente a oportunidade de desenvolver relações interpessoais equilibradas e conquistar maior autonomia.

  • As más companhias...

    Por vezes pode não apreciar algumas das companhias do seu filho, porque: o João tem tatuagens, o Luís tem piercings, a Joana é muito namoradeira, o Carlos já fuma ou a Vanessa passa a vida a fazer festas lá em casa porque os pais não lhe dão atenção...

    Antes de criticar e fazer juízos de valor sobre as companhias do seu filho será importante procurar conhecer os seus amigos, ouvir as suas histórias de vida, as suas opiniões sobre a escola, as drogas, a família, etc. Sem deixar de dar a sua visão, é importante respeitar opiniões que podem ser diferentes da sua.

    As proibições e críticas inflexíveis e negativas poderão ter um efeito contrário, levando o adolescente a ter comportamentos de desafio e provocação. É importante que os pais aceitem a necessidade de independência e autonomia que os adolescentes vivem nesta fase, seja apoiando e orientando as suas iniciativas, seja criando espaço para que expressem os seus valores e opiniões e escolham as suas amizades. Contudo, não se deve confundir compreensão com permissividade. Os adolescentes necessitam de pais com convicções firmes - isso constituirá um ponto de partida para que consigam estabelecer os seus próprios limites.

  • A procura de sensações

    A adolescência é um período de transformação neurológica profunda, que acarreta frequentemente uma menor reatividade aos estímulos que na infância pareciam ser motivantes para o seu filho. Isso traduz-se por vezes na procura de experiências e sensações mais intensas que trazem consigo maiores riscos. Consoante o estilo motivacional, eles procuraram corresponder às expectativas dos outros ou impressionar pela sua iniciativa. No primeiro caso serão muito sensíveis à influência dos outros e a mensagem de cuidado ou de ameaça poderá ser eficaz. No segundo caso, as sugestões que possam aumentar a probabilidade de sucesso nos seus objetivos serão mais eficazes.

  • Entreajuda…

    ​​Apesar da preocupação que os amigos possam suscitar nos pais, é importante reforçar neles a responsabilidade de cuidarem uns dos outros, ajudando a gerir os limites dos seus comportamentos e experiências, estando disponíveis para os apoiar em momentos críticos. Quando os problemas acontecem os pais não estão lá e apenas os amigos poderão garantir a segurança uns dos outros. O papel dos pais poderá ser de reforçar esta atitude de entreajuda, na relação que mantém com os amigos dos filhos.

  • O meu quarto, o meu reino...

    Comportamentos de isolamento ou fuga às questões colocadas podem suscitar, nos pais, curiosidade e/ou preocupação. Quando o diálogo se torna difícil e as suspeitas existem, muitos pais podem sentir a necessidade de procurar respostas. Esta atitude poderá ser encarada, pelos adolescentes, como uma invasão de privacidade, colocando mais e mais entraves à comunicação. É importante proporcionar um ambiente relacional de qualidade respeitando a privacidade do seu filho. Procure evitar:

    • Abrir a sua correspondência;
    • Vasculhar a sua mochila;
    • Escutar as suas conversas telefónicas;
    • Explorar as mensagens trocadas por ele com os amigos;
    • Inspecionar o seu quarto.
    O apoio e a compreensão perante as necessidades de privacidade e autonomia dos adolescentes são atitudes indispensáveis ao desenvolvimento saudável da sua personalidade.
    Contudo, se, em função de uma perda de confiança, os pais sentirem necessidade de aumentar o grau de controlo e monitorização das atividades dos filhos, que este movimento invasivo da privacidade seja acordado - ou pelo menos comunicado - como parte do processo de reconquista da confiança. Nesse sentido, estas estratégias deverão ser transmitidas como transitórias e parte de um processo de mudança que se deseja breve.
Voltar