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APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS DO PROJETO DE INVESTIGAÇÃO – SCROLL, LOGO EXISTO25/1/2024

ROTINAS DO QUOTIDIANO ESTÃO A SER MOLDADAS POR INTERAÇÕES DIGITAIS 

Realizou-se, a 23 de janeiro, no ICAD, I.P., em Lisboa, o seminário de apresentação de resultados do projeto de investigação – SCROLL, LOGO EXISTO, sobre comportamentos aditivos no uso dos ecrãs. O estudo foi realizado pelo Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social e Investigação Social (CLISSIS), entre setembro de 2022 e outubro de 2023.

Na abertura, João Goulão, presidente do Conselho Diretivo do ICAD, I.P., recordou a recente integração, na área de abrangência da Coordenação Nacional para os Comportamentos Aditivos e Dependências, dos CAD sem substância. Referindo-se à visão do novo Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências (PNRCAD – 2030 destacou cada uma das três vertentes em que se deve atuar para alcançar estas comunidades, entre as quais o empoderamento, que considerou ser o objeto deste evento. 

Duarte Vilar, diretor do CLISSIS reconheceu que o uso da internet faz parte da nossa existência, com um acréscimo nas duas últimas décadas, e que foi potenciado no período da pandemia do Covid19, onde o online se tornou o principal instrumento de comunicação humana. Concluiu, afirmando que este estudo é sobre um fenómeno recente e constitui um contributo para um melhor conhecimento sobre estas questões em Portugal trazendo, igualmente, propostas para intervenções futuras. 

Ambos os intervenientes do momento de abertura manifestaram a sua satisfação pela parceria estabelecida entre o ICAD, I.P. e o CLISSIS, para este projeto de investigação.

Na apresentação dos resultados, Joaquim Fialho e Lourdes Caraça definiram o estudo como sendo um trabalho exploratório cujo principal desafio é trazer o tema para o debate público. Principais resultados, objetivos, caraterização dos participantes, conclusões e o plano de ação, foram os aspetos desenvolvidos. Entre as informações divulgadas está o acesso, cada vez mais precoce, aos écrans; a maior dificuldade em desligar, especialmente nos estudantes e nas pessoas com menor escolaridade; o tipo de tecnologias mais utilizadas: WhatsApp, Facebook e Youtube; relativamente à dependência de ecrãs as pessoas mais vulneráveis são os estudantes e as pessoas inativas; não é adequado afirmar que temos um problema generalizado de dependência aos ecrãs, mas estamos numa fase de transição para um problema mais acentuado na utilização dos ecrãs; e que a grande transformação dos últimos anos foi a passagem dos consumidores de conteúdos para produtores de conteúdos. Em termos futuros, entre outras sugestões, foi sugerida a criação de um roteiro nacional para a classificação dos riscos do uso das tecnologias, sempre com o objetivo de potenciar competências. 

Carlos Poiares, vice-reitor da Universidade Lusófona de Lisboa, e Pedro Abrantes, professor na Universidade Aberta e investigador no CIES-ISCTE, tiveram a seu cargo a discussão dos resultados. A pertinência, a abordagem multidisciplinar e a abertura a questões sobre um tema que suscita cada vez mais interesse, foram os aspetos positivos mais destacados sobre este estudo. Entre os problemas que o documento apresentado ilustra, e que foram salientados, estão o isolamento, a diminuição do convívio e das redes informais de vizinhança, a alineação e a manipulação. Ao perspetivarem o futuro, os intervenientes deste momento lançaram como desafios o reforço da literacia sobre as tecnologias, a aposta fundamental na prevenção, o estudo dos impactos educativos, o reforço da educação e a reflexão sobre os fenómenos de exclusão. 

O projeto de investigação – SCROLL, LOGO EXISTO, visa compreender a mudança dos hábitos de consumo digital e como eles nos colocam numa situação de dependência de ecrãs, sendo financiado por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.



 Consulte o estudo AQUI​.  

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