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​VIDEOCONFERÊNCIA SICAD ABORDOU MULHERES E DROGAS30/10/2023

“Mulheres e drogas“ foi o tema da videoconferência SICAD realizada a 27 de outubro, e que contou com 271 participantes.

A sessão teve como oradoras, Linda  Montanari, – socióloga da saúde (European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction), Cristiana Vale Pires, psicóloga e investigadora (CEDH, FEP-UCP e Kosmicare), Ana Filipa Faria, psicóloga clínica no Estabelecimento Prisional de Tires e Joana Canêdo, mediadora comunitária no GAT, co-fundadora do grupo MANAS, responsável por campanhas na Rede Europeia de Pessoas que Usam Drogas (EuroNPUD), doutoranda em estudos de desenvolvimento no ICS - IUL.

Mulheres e drogas na Europa: dados, intervenções e recomendações, responsividade de género na investigação e intervenção na área das drogas, abordagem em meio prisional, e apoio mútuo entre mulheres consumidoras de drogas e trabalhadoras do sexo, foram as perspetivas apresentadas.

Aprofundar o conhecimento sobre as particularidades e especificidades das mulheres nos percursos de usos de drogas foi o objetivo desta videoconferência, segundo Alcina Correia (psicologia do Trabalho e Sociologia do Trabalho, Organizações e Emprego, terapeuta familiar e diretora da Direção de Serviços de Monitorização e Informação do SICAD), que teve a seu cargo a moderação. No enquadramento que fez sobre o tema em análise referiu as abordagens que sempre foram muito desenhadas e orientadas para responder às necessidades do masculino. Estigma mais acentuado, menor capacidade financeira, maior vulnerabilidade no trabalho, gravidez e crianças e violência de género são alguns dos fatores que colocam as mulheres num quadro de maior fragilidade.

No espaço europeu o acesso ao tratamento é mais igualitário nos países do norte, relativamente aos do sul. A nível das respostas para as mulheres que usam drogas elas passam pela abordagem sensível às questões de género, alguns serviços exclusivos, abordagem informada sobre traumas e centralidade das relações, entre outras. No que ainda é necessário melhorar encontram-se a investigação sobre questões de género e a eficácia das abordagens que respondam às necessidades das mulheres que usam drogas.

Foi aprofundada a diferença entre conceitos como sexo (biológico) e género (cultural).

Em meio prisional verifica-se um aumento da entrada de mulheres com percurso de consumo de substâncias psicoativas, em que a maior tipologia de crime associada é o tráfico, seguido do furto qualificado, roubo e crimes contra pessoas. Entre os desafios existentes encontra-se a ocultação das vulnerabilidades para o consumo de drogas provocada pela reclusão, maior resistência a trabalhar em áreas fundamentais e a desmotivação para a mudança.

Conflito da ciência e das ciências sociais, consumo de drogas e performatividade de género, e a apresentação do projeto “MANAS”, liderado por pessoas não-binárias que sobrevivem à violência com base no apoio mútuo, práticas artísticas e de bem-estar, e um espaço mais seguro para e por mulheres vulneráveis que usam drogas e fazem trabalho sexual, foram outros aspetos abordados neste evento online

Assista à videoconferência gravada AQUI​

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