O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência
(EMCDDA) divulgou o seu relatório anual sobre a situação da Europa nesta
matéria. Novos desenvolvimentos da política relativa à canábis, apreensões
recorde de cocaína, preocupação crescente com o consumo de estimulantes
sintéticos, potenciais riscos para a saúde de substâncias menos conhecidas, e
evolução relativa aos problemas relacionados com os opiáceos na Europa, são
aspetos destacados no documento.
Os dados sobre Portugal indicam que entre os utentes que
iniciam tratamento, pela primeira vez, em termos percentuais, destaca-se a
canábis (49,4%) enquanto droga principal, seguindo-se a cocaína (26%) (2021). O
maior número de apreensões refere-se à resina de canábis (1081) (2021). O nosso
país revela 63 mortes induzidas pelas drogas (2020). Portugal está entre os
países da UE com maior número de seringas distribuídas, com mais de um milhão e
cento e trinta e duas mil, de acordo com a informação divulgada (2021).
Sobre estimativas de prevalência ao longo da vida,
estudantes, 15-16 anos de idade, nas diversas substâncias o nosso país, em
termos percentuais, apresenta quanto a canábis (13%), MDMA (3%), cocaína e
anfetaminas (2%) (2019).
Ainda relativamente ao nosso país, ele aparece entre os que
observam um aumento na disponibilidade e uso recreativo ou episódico de óxido
nitroso (2020-2021), e com mais resíduos de cetamina detetados em águas
residuais (2022).
O evento online de lançamento do relatório 2023 do EMCDDA
contou com as presenças de Ylva Johansson, comissária europeia para os assuntos
internos, e de Alexis Goosdeel, diretor deste organismo europeu.
Os dados dos restantes países (27 EU + Turquia e Noruega)
podem ser consultados AQUI