O ciclo das videoconferências SICAD teve a sua última
edição antes de férias, no dia 9 de julho. “Políticas de droga e o seu impacto
económico-social: uma análise comparativa internacional e temporal” foi o tema
da sessão onde se apresentou o estudo sobre o mesmo assunto, resultado de uma
candidatura ao programa ERANID e a que assistiram 64 pessoas.
Os conferencistas convidados foram: Ricardo Gonçalves
(Professor Associado com Agregação da Católica Porto Business School,
Universidade Católica Portuguesa); Ana Lourenço (Professora Associada da
Católica Porto Business School); Hélia Marreiros (Investigadora Assistente na
Universidade do Minho desde Março 2021), que apresentaram o estudo e Elsa
Lavado, da Divisão de Estatística e Investigação do SICAD, que apresentou o
programa ERANID.
Manuel Cardoso, subdiretor-geral do SICAD, moderou o
evento, tendo destacado a importância do estudo, salientou a complexidade do
trabalho efetuado numa área que considerou muito difícil e reconheceu o
interesse de perceber o significado do reconhecimento internacional da política
portuguesa de drogas e o mesmo ser cimentado por investigação científica.
Elogiou o papel do OEDT na harmonização dos indicadores, permitindo a
aproximação de políticas a nível europeu, referindo a maior dificuldade de se
conseguir o mesmo fora deste espaço.
Este estudo, que está disponível no site do SICAD, surgiu
num contexto de grande diversidade de leis e políticas de drogas entre países,
contendo diferentes paradigmas, como a centralidade no crime ou na saúde, e
refletindo as características sociais, económicas e culturais de cada país.
Pretende aprofundar a compreensão da relação entre política de drogas e indicadores
sociais em sete países (Portugal, França, Itália, Holanda, Reino Unido, Canadá
e Austrália), entre 1996 e 2016, tendo como objetivo final contribuir para
decisões políticas mais informadas.
Algumas das conclusões apontam para vários pontos de inflexão
nas dimensões das diversas políticas de drogas, maioritariamente na direção de
políticas menos restritivas e na ausência de uniformidade nas mudanças
observadas; mudanças generalizadas no sentido da redução de danos após a
epidemia de heroína nos anos 80, mas sem alinhamento entre países quanto à
orientação da política de drogas, entre outras.
Assista à videoconferência completa aqui
O ciclo de videoconferências SICAD tem regresso marcado
para setembro.