MULHERES SÃO QUEM MAIS
JOGA
Consciente da preocupação cada vez maior com os
comportamentos relacionados com o jogo e com a crescente gravidade do jogo a
dinheiro, nomeadamente o que seduz pelo resultado imediato, o Serviço de
Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências elaborou e divulga
uma brochura sobre os jogadores de raspadinha em Portugal, ajudando a melhor
compreender e caracterizar este fenómeno e o perfil destes jogadores.
Entre 2012 e 2017 a prevalência de jogo abusivo na
população em geral quadriplicou (de 0,3% para 1,2%) e a de jogo patológico
duplicou (de 0,3% para 0,6%). A raspadinha passou de terceiro para segundo jogo
a dinheiro usado por mais pessoas no nosso país, sendo o mais mencionado no
Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral
-Portugal 2016/17 (CICS.NOVA), depois do euromilhões.
O perfil dos jogadores de raspadinha, indica-nos que mais
de metade são mulheres entre os 35 e os 54 anos, com habilitações relativamente
baixas e rendimentos entre 500 e 1000 euros mensais. Entre os jovens estudantes
(15-24 anos) e pessoas com habilitação ao nível do ensino superior e
rendimentos mais elevados, é menos comum jogar a raspadinha.
Entre os jogadores de raspadinha, 96,5% são recreativos,
2,5% abusivos e 1% patológicos. A prevalência do jogo patológico é superior
entre os jogadores que além da raspadinha jogam outros jogos não
institucionais.
BrochuraRASPADINHA_SICAD_INPG2017.pdf