AS ADIÇÕES PARA ALÉM DA PANDEMIA
Foi no passado dia 21 de maio que
decorreu o Encontro da Associação Portuguesa de Adictologia (APA) em que o
SICAD se fez representar, assim como o Observatório Europeu da Droga e das
Toxicodependências (OEDT). Alexis Goosdeel, seu diretor, elogiou Portugal,
considerando que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia tem
garantido um equilíbrio na relação com os outros países e tem contribuído para
o desenvolvimento dos valores europeus.
João Goulão, enquanto conferencista do
painel sobre a Estratégia da União Europeia para os CAD, enquadrou o documento recentemente
aprovado, referindo que a abordagem mais abrangente que Portugal e outros
países têm feito não está, ainda, ali plasmada, o que constitui uma
dificuldade. Sobre Portugal e a construção do novo Plano Nacional de Redução
dos Comportamentos Aditivos e Dependências 2021 – 2030 salientou o facto de incluir
outros temas, como o jogo e a dependência de écran, apesar de ainda não estarem
incluídos no mandato do coordenador nacional. Realçou, ainda, a importância da
resolução apresentada este ano por Portugal e Áustria, e endossada por todos os
Estados Membros da UE, na 64ª sessão da Comissão de Estupefacientes da ONU,
sobre a promoção dos serviços de prevenção e tratamento de drogas, de qualidade,
acessíveis, inclusivos, e baseados em evidência científica. Terminou abordando
a presidência portuguesa do Grupo Pompidou e o seu papel na transposição dos
direitos humanos para as políticas de drogas.
Num encontro que visou refletir sobre
as adições para além da pandemia, os vários painéis abordaram questões como a
Prevenção, a Hepatite C na toxicodependência, a utilização de substâncias
psicoativas no tratamento de adições e os desafios europeus nesta matéria. Raul
Melo, no papel de comentador da intervenção de Beatriz Mesías Pérez, do
Instituto de Adiciones de Madrid, foi o outro representante do SICAD presente
no evento.