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​PORTUGAL ORGANIZA EVENTO PARALELO SOBRE A ESTRATÉGIA EUROPEIA EM MATÉRIA DA DROGAS (2021-2025) NO SEGUNDO DIA DA CND13/4/2021

João Goulão, em representação da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, foi o anfitrião e moderador do evento paralelo à 64ª reunião da CND “EU Drug strategy 2021-2025”, que decorreu hoje.

Depois de dar as boas-vindas aos oradores e participantes, o diretor-geral do SICAD enquadrou o momento recordando que a Estratégia Europeia em matéria de Drogas (2021-2025) foi aprovada no mandato da presidência alemã, tendo sido um representante deste país a dar início às intervenções.

Markus Riehl, em representação da presidência alemã do Conselho da União Europeia (segundo semestre de 2020), apresentou as três áreas chave da nova estratégia: redução da oferta, redução da procura e resposta aos danos relacionados com a droga, assim como os três temas transversais de apoio a esses domínios de ação: 1) cooperação internacional; 2) investigação, inovação e prospectiva e 3) coordenação, governação e execução.

Seguiu-se Peter Mihok da Unidade de Crime Organizado e políticas de Drogas da Comissão Europeia que falou no contexto alargado em que a Estratégia se enquadra, reconhecendo que a Europa está bem nesta matéria, mas chamando a atenção para a complexidade dos mercados de Drogas.

O diretor do Observatório Europeu da Droga e das Toxicodependências, Alexis Goosdeel, foi o orador que se seguiu, apresentando a sua visão de como devemos abordar as questões relacionadas com Drogas num mundo pós-Covid 19, rejeitando uma visão “antiga” muito ligada aos consumidores de heroína injetável que não tem lugar hoje num mundo onde os policonsumos são uma realidade praticada por pessoas de qualquer estrato social.  Defendeu uma abordagem Humanista, de acordo com os princípios da “não estigmatização”.

Seguiu-se Georgios Raskos, da Europol, que focou a sua apresentação nos grupos de crime organizados relacionados com as Drogas, trazendo dados interessantes à discussão como a crescente competição entre os grupos que dominam a vertente “oferta” que fazem aumentar a violência, a corrupção, o tráfico online, entre outras vertentes da sua atuação.

Iga Kender-Jeziorska, Presidente do Grupo de Trabalho sobre Políticas de Drogas da UE para o Fórum da Sociedade Civil, fez a intervenção final por parte dos oradores e recordou as dificuldades que as organizações que trabalham no terreno, sobretudo as relacionadas com Redução de Riscos e Minimização de Danos, enfrentam quer por uma crescente onda de enfraquecimento da democracia em alguns Estados Europeus, como pelo fenómeno COVID-19 que relegou para segundo plano muita das estruturas de apoio às pessoas que usam Drogas.

O evento terminou não sem antes ser dada a palavra ao público que colocou algumas questões, tendo João Goulão encerrado a sessão.

Amanhã, voltaremos a ter presença portuguesa na 64ª reunião do CND. Às 12h10 decorre o evento paralelo “HUMAN RIGHTS IN ACTION: IMPLEMENTING THE INTERNATIONAL GUIDELINES ON HUMAN RIGHTS AND DRUG POLICY”, organizado pelo Office of the High Commissioner for Human Rights, onde Teresa Caeiro, assessora do Coordenador Nacional para os problemas das Drogas, das toxicodependências e do Álcool, será oradora.

Mais informações em https://​www.unodc.org/​

Ainda amanhã, dia 14, às 13h10 decorrerá a sessão paralela: “CAPACITY BUILDING SOLUTIONS: SUPPORTING MEMBER STATESDURING EMERGENCIES AND THE WAY FORWARD”, organizada pela Suíça e pelo Órgão Internacional de Controlo de Estupefacientes, com António Lacerda Sales, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, na qualidade de orador.

Mais informações em https://www​.unodc.org/

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