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FNAS ABORDOU IMPACTOS DA COVID19 NA SUA REUNIÃO ANUAL DE 20205/11/2020
imagem da reunião do Fnas

​Realizou-se no dia 2 de novembro, a Reunião Anual do Fórum Nacional Álcool e Saúde (FNAS), que abordou as intercorrências entre a Covid19 e o consumo de álcool, nomeadamente dos consumos durante a pandemia, mas também da sua relação com a evolução da infeção e os diversos impactos na sociedade portuguesa. Os números do álcool e condução e a entrega dos Prémios do concurso de cartazes, fizeram, igualmente, parte do programa.

Na abertura, o Presidente do FNAS, João Goulão, manifestou apreço a todas as organizações: estatais, de saúde, da área social, das autarquias, da ação comunitária, forças de segurança, e de proximidade, pelo apoio às populações que se pretende servir, nomeadamente aos mais vulneráveis e aos mais frágeis. Relevou, igualmente, o que tem sido possível fazer em relação aos dependentes alcoólicos que passaram, e ainda passam, momentos complicados, o que motivou alguma reflexão e recomendações por parte do SICAD, destacando o síndroma de privação alcoólico agudo, muito presente no confinamento, como uma ameaça grave para a vida.

De seguida, o Secretário-Geral do FNAS, Manuel Cardoso, reconhecendo que a pandemia veio perturbar atividades que podiam ter sido desenvolvidas, no âmbito deste fórum, referiu a importância de fazer um ponto da situação do trabalho feito, agora que se está no último ano do atual Plano Nacional, e se trabalha já na construção do novo. Terminou a sua intervenção, referindo os projetos financiados pela Comissão Europeia, onde Portugal está envolvido.

Quanto aos impactos da Covid19, foram salientados, entre outros, os seguintes aspetos: quanto ao consumo de álcool, os mais jovens (entre os 18 e os 24 anos) diminuíram o seu consumo, enquanto as mulheres o mantiveram. A percentagem de pessoas que aumentou o consumo de álcool foi menor. No que diz respeito à saúde mental, o novo coronavírus trouxe uma mudança radical na nossa forma de funcionar, e de gerir as emoções, os medos e dúvidas intensificaram-se o que agravou a situação no nosso país, que tem uma alta prevalência de doenças mentais mais comum, como depressão e ansiedade.

No setor vitivinícola, que garante mais de duzentos mil postos de trabalho, o impacto económico da Covid19 foi negativo tanto no mercado interno - onde as empresas que dependiam da distribuição, dirigidas a híper e supermercados, conseguiram aguentar as vendas, mas as que dependiam sobretudo do canal Horeca, consumo não doméstico, entraram em profunda crise - como no das exportações, onde as quebras no primeiro semestre de 2020 se deveram, sobretudo, ao segundo trimestre, em que a pandemia sanitária começou a afetar drasticamente os países da Europa. No setor cervejeiro, que garante mais de oitenta mil postos de trabalho, assistiu-se a uma queda de 15% na produção total, a uma queda de 20% no consumo do mercado interno, e a uma subida de 4% nas exportações. O impacto em toda a cadeia de valor – empresas de restauração e bebidas, alojamentos hoteleiros, e bares e discotecas – provocou despedimentos em 16% das empresas, das quais 30%, assumem que não vão conseguir manter os postos de trabalho até ao final do ano.

Nesta reunião foram divulgados os premiados no concurso anual de cartazes que distingue dois estudantes de medicina, uma iniciativa conjunta da ANEM - Associação Nacional de Estudantes de Medicina e da CNAF – Confederação Nacional das Associações de Família. Por ordem decrescente, os contemplados foram: Tiago Jorge da Silva Costa, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, e Maria Dolores Correia Gama, da Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade da Beira Interior.

Em 2021 será lançada a Newsletter FNAS em formato digital, com periodicidade bimestral.

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