“As políticas de drogas devem salvar vidas, proteger as pessoas e não estigmatizar”, afirma João Goulão em nome da Presidência Portuguesa do Grupo Pompidou por ocasião do Dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, que se comemora hoje, 26 de junho.
“Com
o aumento massivo de novas infeções por COVID-19 em todo o mundo e a crise a
afetar todas as dimensões da sociedade, são geralmente os mais vulneráveis,
estigmatizados e carenciados que mais sofrem: entre eles, as pessoas que usam
drogas. Os decisores políticos devem apoiar os serviços que podem salvar vidas
destinados a pessoas que usam drogas para que estas possam reagir à crise de
forma flexível e informada. Com este objetivo, o Grupo Pompidou criou uma
plataforma online ( “Save lives-Protect people”- “Salvar vidas-Proteger
pessoas”) onde os profissionais do terreno podem partilhar e discutir as suas
ideias e ações sobre a melhor forma de conter a disseminação da COVID-19 e
prevenir danos nas pessoas que usam drogas e nas que com elas contactam. Em período
de crise, mais do que nunca, os Direitos Humanos devem permanecer na linha da
frente das nossas politicas de drogas.”
Ao longo dos últimos 40 anos, o
Grupo Pompidou tem sido a voz do Conselho da Europa em matéria de droga. Num
contexto internacional em constante mudança, manteve-se firme na promoção de
uma abordagem equilibrada entre a necessidade de abordar as adições e a luta
contra o tráfico de droga, e a responsabilidade dos Estados em proteger a saúde
e os Direitos Humanos dos seus cidadãos. Com as recentes adesões da Arménia e
da Geórgia, o Grupo Pompidou é atualmente composto por 41 Estados Membros e as
suas atividades alargaram-se ainda mais no nosso continente.