O
SICAD apresentou, num
evento virtual,
os dados preliminares relativos ao estudo “Consumo
de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências
(ECATD - 2019)”, realizado entre alunos do ensino público, dos grupos
etários dos 13 aos 18 anos.
Segundo
os dados apurados, o álcool é a principal substância consumida, seguindo-se o
tabaco. Com uma expressão bem menor, encontram-se o consumo de determinados
medicamentos e de substâncias ilícitas. O uso de Internet, nomeadamente o
acesso a redes sociais, é hoje uma prática generalizada, assim como os jogos
eletrónicos, embora menos. O jogo a dinheiro é bem menos prevalente.
Concluiu-se
que os comportamentos de maior risco estão limitados a uma minoria de
inquiridos e são mais esporádicos do que frequentes. Mesmo que de forma
experimental, a generalidade dos alunos tem práticas que, pelo facto de serem
menores, lhes estão vedadas e outras que são de todo ilícitas.
No
que toca ao álcool e tabaco, verifica-se que uma grande percentagem de jovens
considera que são de fácil acesso. Estas são, não por acaso, as substâncias
psicoativas mais consumidas e também cujo consumo se inicia mais
precocemente.
Apesar
de não se terem verificado agravamentos, à exceção da internet e jogo, o SICAD
entende que ainda há muito por fazer, é preciso continuar
a agir, também ao nível da fiscalização.
O
ECATD-CAD é um estudo representativo do consumo de álcool, tabaco e drogas que
se realiza de 4 em 4 anos, desde 2003. A partir de 2015 o questionário foi
alargado a outros comportamentos aditivos sem substância, como o jogo e o uso
da Internet. Em 2019 participaram mais de 26 mil alunos de 734 escolas do país,
incluindo as Regiões Autónomas. Trata-se de um estudo nacional de referência para
a população escolar, que permite acompanhar as principais tendências
relativamente aos comportamentos aditivos entre os jovens.
A
apresentação esteve a cargo de Elsa Lavado, coordenadora do estudo, tendo sido
conduzida pelos Diretor Geral e Subdiretor-geral do SICAD, João Goulão e Manuel
Cardoso, respetivamente. Contou com a participação de António Lacerda Sales,
Secretário de Estado da Saúde, José Pedroso, Diretor-geral de Educação,
representantes dos Governos regionais dos Açores e da Madeira e do diretor do
Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Alex Goosdeel, numa
participação total de 94 pessoas.
Estudo
disponível aqui: