O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência
divulgou o seu relatório anual sobre a situação da Europa nesta matéria, no ano
em que se assinala o 25º aniversário da criação do Sistema de Alerta Rápido de
Novas Substâncias Psicoativas. O regresso da disponibilização de drogas aos
níveis pré-pandemia, os efeitos da guerra na Ucrânia nas redes e nas rotas do
narcotráfico, e o aumento da oferta online de substâncias, foram alguns dos
aspetos destacados.
Os dados sobre Portugal apresentam maior número de utentes
em todos os que iniciam tratamento, tendo como origem opiáceos (39,4%) e
canábis (33,9%), sendo o 10º e o 7º na UE, quanto às duas substâncias,
respetivamente. O maior número de apreensões refere-se à resina de canábis
(724), sendo o 19º país da UE com menor interceção. O nosso país revela 72
mortes induzidas pelas drogas, na faixa etária entre os 15 e os 64 anos de
idade. Portugal é o 11º país da UE com maior número de seringas distribuídas,
com mais de um milhão e cento e cinquenta e cinco mil.
Sobre estimativas de prevalência ao longo da vida,
estudantes, 15-16 anos de idade, nas diversas substâncias, o nosso país tem
maior número quanto a canábis (13%), e menor número quanto a MDMA (0,2%).
O evento online de lançamento do relatório 2022 do OEDT
contou com as presenças de Ylva Johansson, comissária europeia para os assuntos
internos, Franz Pietsch, presidente do conselho de administração, e de Alexis
Goosdeel, diretor, ambos deste organismo europeu.
Os dados dos restantes países (27 EU + Turquia e Noruega)
podem ser consultados em: https://www.emcdda.europa.eu/publications/edr/trends-developments/2022_en