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VIDEOCONFERÊNCIA SICAD ABORDOU O DRUG CHECKING28/1/2022

O SICAD deu início ao ciclo de videoconferências para 2022 com o tema “Drug checking como ferramenta para lidar com a anarquia dos mercados de drogas”.

Os conferencistas convidados foram Helena Valente, psicóloga e investigadora, Daniel Martins, químico e coordenador do serviço de drug checking, ambos da Associação Kosmicare, e João Matias, epidemiologista, do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. A moderação esteve a cargo de Paula Frango, da Divisão de Prevenção e Intervenção comunitária, do SICAD.

Daniel Martins começou por apresentar o drug checking como um serviço que permite aos utilizadores de drogas  analisarem quimicamente amostras e receber aconselhamento especializado que permite potencialmente reduzir riscos associados. Divulgou também um relatório​ onde são apresentados dados da análise de amostras recolhidas no âmbito das atividades do serviço de drug checking entre novembro de 2020 e novembro de 2021 e destacou alguns dados. Para o futuro, apelou a uma política de drogas sensata e ao alargamento das análises às amostras de cannabis (THC/CBD).

Helena Valente falou na perspetiva do perfil do consumidor, dando realce à importância da análise química como esclarecedora dos potenciais riscos das drogas e também ao contacto com as pessoas que cada vez mais procuram estes serviços porque sentem que são seguros. Um dado que se destacou foi de que 86% das pessoas decide descartar as substâncias quando ela não é a esperada e a população é predominantemente composta por indivíduos do sexo masculino e bem integrados socialmente.

A Kosmicare tem produzido e investido na produção científica, não só com informação dos festivais, nomeadamente o Boom Festival, mas também com o serviço de Lisboa. Lançou como desafios conseguir chegar a mais pessoas, sobretudo às mais vulneráveis, tornar o serviço mais apelativo às mulheres e ser mais inclusivo.

João Matias falou do drug checking do ponto de vista europeu. Fez uma breve descrição do Observatório Europeu das Drogas e das Toxicodependências (OEDT) e de como funcionam os pontos focais, sobretudo nos sistemas de alerta.

Abordou ainda o impacto da pandemia no drug checking e a maneira como os mercados de drogas ficaram mais digitais e rapidamente se adaptaram. O acesso à Rede de Peritos foi importante para ver o que estava a acontecer quando os serviços foram fechados.

Ao terminar, João Goulão, diretor-geral do SICAD e Coordenador Nacional para os Problemas da Droga, das Toxicodependências e do uso nocivo do Álcool, felicitou os oradores pela qualidade das intervenções e relevou o papel do OEDT na produção de evidência científica, lançando ainda a questão de como levar este serviço de drug checking a outras zonas do país.

Este evento contou com 217 participantes.

Assista à videoconferência gravada aqui​

A próxima videoconferência realizar-se-á no dia 25 de fevereiro e o tema será “Questões de género em CAD”.

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