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Reinserção

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REINSERÇÃO
PRESSUPOSTOS

Colocar o cidadão no centro da ação

Colocar o cidadão no centro da ação e como ator na intervenção não é mais do que basear toda a abordagem social nas necessidades específicas que este apresenta, multidimensionais e contextualizadas num continuum, no grau de exclusão e nos níveis de severidade face ao consumo/dependência de substancias psicoativas e nos recursos pessoais que possui.

A centralidade no cidadão não significa o fechamento face à realidade social que contextualiza a intervenção. Antes pelo contrário, significa que face às necessidades que a pessoa apresenta e ao Plano Individual de Inserção contratualizado, temos de incidir a nossa ação nos sistemas sociais, onde se inclui a família, preparando-os para que se constituam como facilitadores do processo de inserção.

Avaliar as necessidades multidimensionais específicas do cidadão

A elaboração do diagnóstico social e a inventariação das necessidades multidimensionais específicas, explícitas e implícitas, estão na base do desenho de percursos individuais de inserção, integrados e consistentes. Este diagnóstico só está completo se igualmente se conhecerem as potencialidades pessoais do cidadão, assim como os recursos familiares e sociais de que dispõe.

Este processo será mais sustentável quanto mais se implicar o cidadão na avaliação das suas necessidades, permitindo o desenvolvimento de um Plano Individual de Inserção realista, em que a pessoa se reveja e se responsabilize na sua prossecução.

Estabelecer uma relação significativa com a pessoa

O estabelecimento de uma relação próxima e significativa construída com a pessoa, numa base de confiança mútua, permitirá o exercício pleno dos direitos e deveres de cidadão e a defesa dos seus interesses em todas as situações. A implicação e empenho do técnico nas aquisições atingidas, contribuem para o estabelecimento de uma relação de confiança, motivando os cidadãos a continuarem o processo de reinserção, com determinação e confiança.

Negociação e contratualização do Plano Individual de Inserção

O desenho conjunto do percurso de inserção, com definição de objetivos, estratégias a adotar, responsabilidades e etapas, ações prioritárias, a médio e longo prazo, que corresponda às necessidades pessoais, sociais e potencialidades diagnosticadas em cada momento de avaliação do processo, deve ser traduzido num Plano Individual de Inserção que é definido, executado e avaliado conjuntamente com o cidadão.

Intervir numa lógica de resposta integrada, em equipa e articulação interinstitucional

O desenvolvimento de uma intervenção em rede, de modo integrado, traduz-se na identificação e estreita colaboração com os parceiros com responsabilidades nesta e outras áreas, apostando, no trabalho em parceria e na flexibilidade de respostas, tendo sempre os cidadãos como centro da atuação dos serviços. Consegue-se deste modo rentabilizar os recursos e respostas disponíveis, servindo o cidadão de forma eficiente, rentabilizando recursos e prevenindo a duplicação de respostas.

Assegurar o acompanhamento sistemático e continuado do cidadão no processo de autonomização e de inserção

O acompanhamento sistemático e continuado inicia-se no momento em que se elabora, com o cidadão, o diagnóstico social e se contratualiza o Plano Individual de Inserção, devendo manter-se até que as necessidades das pessoas estejam resolvidas e o Plano Individual de Inserção cumprido e avaliado.

Garantir o desenvolvimento de práticas de mediação social

Considera-se a mediação social como o trabalho que se desenvolve junto dos sistemas sociais (família, emprego, educação, etc.), para que as mudanças que se operam ao nível do cidadão tenham a sequência e o enquadramento potenciador das aquisições conseguidas. O objetivo prende-se com a criação de condições nos sistemas sociais que garantam a eficácia e a sustentabilidade das intervenções realizadas a nível individual, na reorganização das rotinas e dos quadros de referência da pessoa (representações sobre o próprio, a família e a sociedade) na aquisição e/ou reaquisição de competências pessoais, sociais, profissionais e de cidadania.

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