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Comunicar

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Aprender a comunicar com o seu filho

Comunicar com o seu filho
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COMUNICAR
  • Aprender a comunicar com o seu filho
    fotografia de duas pessoas frente a frente

    ​Consegue lembrar-se da primeira vez que ouviu falar sobre drogas?  Com quem abordou o assunto?  Quais as dúvidas que lhe surgiram?

    Os jovens de hoje têm muito mais informação do que aquela que os seus pais tinham na sua idade. A maior disponibilidade por parte dos pais, figuras que lhes são importantes, pode conduzir ao esclarecimento das suas dúvidas, angústias e receios. Neste sentido é importante que os pais saibam criar uma relação estável de abertura e apoio, para que o diálogo possa acontecer naturalmente, ajudando os jovens a lidar com os seus sentimentos em que esteja presente a informação clara que permita estabelecer bases sólidas para o seu desenvolvimento.

    A curiosidade sobre o mundo que nos rodeia é parte natural do nosso crescimento e, da mesma forma que as crianças aprendem e colocam questões desde muito cedo, os adolescentes procuram respostas às suas perguntas.

    Se as respostas não surgirem na família ou na escola, as principais informações serão procuradas junto dos seus pares ou nos órgãos de comunicação social, fontes que nem sempre fornecem informação clara e objectiva.

    Quando as questões consideradas difíceis, como as drogas o álcool e o tabaco são faladas, desde que o momento e a curiosidade as suscitam, a comunicação torna-se mais fácil e confortável, tornando-as parte integrante do diálogo sobre o quotidiano de todos nós. É também conversando sobre questões difíceis que os jovens percebem que podem falar e confiar, adquirem segurança e se dão a conhecer. Os pais podem,  por sua vez, expressar as suas opiniões, mostrar quais as suas posições acerca dos temas e aprender a conhecer melhor os seus filhos.

  • Como abordar o assunto?

    Siga o ritmo do seu filho, facilitando progressivamente e desde muito cedo, o diálogo e abrindo portas para o futuro. Por vezes o que é mais importante para nós não o é para o jovem; grandes discursos sobre drogas não significam esclarecimento, confiança ou responsabilização. Responder de forma simples, clara e concreta, expondo os seus pontos de vista e tentando perceber quais os do seu filho facilita a comunicação e aproxima pais e filhos. Procure não deixar nenhuma pergunta por responder, se não se sente preparado, explique que vai tentar saber mais sobre o assunto e retome a conversa mais tarde. Respeite sempre as questões e trate-as com seriedade. Mesmo que as perguntas o embaracem ou exprimam uma opinião que considera pouco correcta, tente discutir o assunto sem reprimir ou frustrar a curiosidade ou até mesmo a provocação. Pense que ao evitar as questões ou ao não revelar abertura à discussão, poderá estar a deixar o seu filho pouco à-vontade para voltar a falar consigo no futuro, caso algo o preocupe, ou poderá estar a facilitar a procura de informação pouco correcta. Ouça o que o seu filho tem para lhe dizer, e pense com ele a melhor solução para que ambos possam crescer numa relação de qualidade.

  • E se eu estou a cometer erros?

    Todos nós, pais e educadores, cometemos já o erro de evitar uma pergunta ou de não saber lidar com a situação naquele preciso momento. Mas não é por uma má experiência que se compromete toda uma relação que se vem estabelecendo. O ideal será assumir a dificuldade: eu agora não consigo responder a essa pergunta mas vou investigar e voltaremos a falar mais tarde. Desta forma, o jovem percebe que a sua pergunta não cai no esquecimento e que existe abertura para falar sobre drogas. Estabelecer uma confiança reciproca é essencial para que crianças e adolescentes se sintam seguros de que podem confiar.

  • Mas o meu filho não parece precisar de ajuda e não faz perguntas...

    Por vezes, os pais parecem pouco disponíveis para ouvir e, por isso, inconscientemente, desencorajam as perguntas. Estar disponível para falar sobre drogas significa:

    • Não expressar visões extremistas nem juízos de valor nos assuntos controversos e "difíceis";
    • Não ter preconceitos face à idade e ao género (por exemplo: "não tens idade para falar sobre isso!");
    • Mostrar-se disponível para responder às questões tanto em termos de tempo como de atitude;
    • Encorajar a discussão, iniciando-a de forma descontraída, tornando o assunto casual;
    • Tolerar a diferença;
    • Ser honesto sobre o nível do seu conhecimento e não ter receio de indicar outras fontes de conhecimento, no caso de não conseguir responder às perguntas;
    • Estar preparado para apoiar o desejo de saber do seu filho, mesmo que para isso tenha de enfrentar o ridículo ou a oposição de outros adultos;
    • Respeitar a privacidade do seu filho em todas as suas formas;
    • Não divulgar informações confidenciais, quando partilhadas pelo seu filho.

     

  • Afeto e Tempo de Qualidade

    Muitas vezes não é fácil disponibilizar muito tempo para acompanhar o seu filho. Todavia, não se esqueça que a qualidade do tempo que passam juntos será mais importante que longas horas em conjunto sem comunicarem.

    Para estabelecer uma relação de confiança e de intimidade com o seu filho é importante que o ame, o escute e o ajude a gostar de si próprio. Os jovens devem ser estimulados e elogiados nos seus comportamentos positivos, assim como responsabilizados pelos seus comportamentos incorretos ou negativos. É importante não ser repressivo, nem demasiado permissivo. O seu filho precisa tanto de regras e de limites como de afecto.

  • Pistas para o diálogo
    • Ver e discutir em conjunto, programas de televisão ou filmes;
    • Discutir casualmente reportagens, notícias e entrevistas;
    • Deixar livros ou folhetos espalhados pela casa;
    • Visitar livrarias, percebendo quais as áreas de interesse do seu filho e fazendo uma pesquisa conjunta;
    • Incentivar o seu filho a programar saídas conjuntas;
    • Incentivar o seu filho a ter uma participação ativa em atividades socioculturais;
    • Partilharem pesquisas da internet, acompanhar o interesse dele, nos conteúdos de pesquisa e nos jogos online.
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