Ignorar Comandos do Friso
Saltar para o conteúdo principal
  • A-
  • A
  • A+
 

Revista toxicodependências

 
Revista nº: 3/1997
ENFOQUE ECOSISTEMICO DE LAS DROGADICCIONES

Liliana Chamó

RESUMO
Partindo da noção de "doenças de transição de risco" (como alterações do comportamento produzidas por problemas sociais), a autora considera a adição a drogas como emergente da crise da existência do homem, abrindo um espaço de interrogação e modificação do campo biológico, psicológico, jurídico e social. Atendendo a que o modelo médico, devido às suas características, não consegue dar resposta a estas problemáticas, contrapõe o modelo ecosistémico que se refere a organizações complexas de indivíduos, famílias, grupos e instituições, a etiologias multicausais bio-psico-sociais, a um trabalho em equipas transdisciplinares, tomando os conceitos de "redes", "complexidade", "processo", "interação" e "inter-relação", "avaliação", "flexibilidade", "mudança", "individuação" e "diferenciação", como base dos instrumentos de diagnóstico e tratamento. Para este modelo, o sintoma encontra o seu sentido num sistema inter-relacional, vendo a adição a drogas como um ecossistema composto por múltiplas redes em contínua interação e interdependência. Define a intervenção como um processo terapêutico que terá como objetivo a recomposição dos territórios corporais, biológicos, psíquicos e sociais do paciente. Define ainda as estratégias sócio sanitárias para atingir esses objetivos. O indivíduo é visto como protagonista do seu destino, como construtor de si mesmo.
Palavras-chave: Toxicodependentes; Modelos conceptuais.


RÉSUMÉ
Basée sur la notion de "maladies de transition de risque" (tel que les altérations du comportement provoquées par des problèmes d'ordre social), l'auteur considère que l'addiction aux drogues est émergente de la crise existentielle de l'homme, ouvrant un espace d'interrogation et de modification du champ idéologique, psychologique, juridique et social. Étant donné que le modèle clinique, dû à ses caractéristiques, ne réussit pas à donner des réponses dans le champ de ces problématiques, elle oppose le modèle ecosystémique qui se réfère aux organisations complexes d'individus, familles, groupes et institutions, aux ethiologies multicausales bio-psycho-sociales, à un travail développé par des équipes transdisciplinaires, basé sur des concepts de "réseaux", "complexité", "processus", "interaction", "inter-relation", "évaluation", "flexibilité", "changement", "individuation" et "différentiation", comme instruments de diagnostique et de traitement. Pour ce modèle, le symptôme trouve son sens dans un système inter-relationnel, considérant l'addiction aux drogues comme un ecosystème composé de multiples réseaux dans une interaction et interdépendance suivies.
L'auteur défine l'intervention comme un processus thérapeutique qui aura comme objet la recomposition des territoires corporels, biologiques, psychiques et sociaux du malade. Elle trace encore les stratégies socio-sanitaires pour atteindre ces objectifs.
L'individu est considéré le protagoniste de son destin, comme constructeur de soi même.
Mots-clé: Toxicomanes; Modèles concéptuels.


ABSTRACT
Based upon the notion of "risky illnesses of transition" (such as behavior disturbances caused by social problems), the author sees the addiction to drugs as emerging from the crisis of men existance, openning a space of questionning and modification of the biological, psychological, legal and social field.
Considering that the clinical model, due to its caracteristics, does not succeed in giving answers to these problematics, she opposes the ecosystemic model related to complex organisations of individuals, families, groups and institutions, to bio-psycho-social multicausals ethiologies, to the work in transdisciplinary teams, having the concepts of "nets", "complexity", "processus", "interaction" and "inter-relation", "evaluation", "flexibility", "change", "individuation" and "diferenciation" as the base of diagnosis and treatment instruments. In this model, the symptom finds its sense in an inter-relational system, considering drug addiction as an ecosystem composed by multiple nets in continuous interaction and interdependence. She defines intervention as a therapeutic process which aims the recomposition of corporal, biological, psychic and social territories of the patient. She also defines socio-sanitarian strategies to achieve those objectives. The individual is considered as the protagonist of his own destin, as the constructor of himself. Keywords: Ecosystemic model, net, interaction, inter-relation and interdependence.
Keywords: Drug users; Conceptual models.


artigo_2.pdf
Voltar